quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cães são capazes de farejar câncer de intestino em fase inicial

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Cão é capaz de farejar câncer de intestino, indica pesquisa
Um estudo publicado nesta segunda-feira no site da revista médica
 British Medical Journal(BMJ) aponta que os cachorros são capazes
 de detectar câncer de intestino pelo olfato com grande nível de 
precisão, desde que doença esteja na fase inicial. Com base nas 
pesquisas, os autores revelam a existência de componentes químicos 
correspondentes aos tipos de câncer específicos que circulam pelo 
corpo humano e que um cão é capaz de farejar.
Isto abriria, conforme uma equipe de analistas do Departamento de 
Cirurgia da Universidade de Kyushu, no Japão, a possibilidade de 
desenvolver testes para detectar a doença antes de alcançar 
outras partes do corpo.
Para chegar a esta descoberta, foi feita uma experiência com um 
cachorro labrador adestrado, que realizou durante vários meses 
testes de olfato entre os quais o de farejar mostras de sedimentos 
dos participantes. As mostras pertenciam a 48 pessoas 
diagnosticadas com câncer de intestino e a 258 voluntários que não 
tinham a doença ou haviam tido câncer no passado.
Aproximadamente metade das amostras de voluntários procedia de 
pessoas com pólipos de intestino que, embora benignos, são 
considerados precursores de câncer de intestino. Em 6% dos testes,
 uma de cada dez das mostras de sedimentos procede de pessoas 
afetadas com outros problemas intestinais, como doenças 
inflamatórias do intestino, úlceras, diverticulite e apendicites. As de
 câncer de intestino foram extraídas de pacientes que padeciam de 
vários níveis da doença, entre os quais nas fases iniciais.
O cachorro identificou com sucesso quais eram cancerígenas, e quais
 não eram, em 33 de 36 testes e em 37 de 38 verificações a partir de 
sedimentos, com as maiores taxas de detecção entre as extraídas das
 pessoas que tinham a doença na fase inicial. Isto equivale, segundo o 
estudo, a 95% de precisão, em geral, para as mostras e 98% no caso 
das dos sedimentos, frente aos resultados obtidos pelas 
colonoscopias convencionais.

Os analistas indicaram que no caso das mostras de fumantes e 
pessoas com outro tipo de problemas, nos quais poderia pensar 
que esses fatores interfeririam ou poderiam mascarar outros 
cheiros, não representaram nenhum problema para o cachorro. 
O estudo mostrou que existem cheiros específicos discerníveis
 exalados pelas células cancerígenas do corpo, uma teoria 
apoiada por outras pesquisas que apontam os cachorros como
 capazes de farejar câncer de bexiga, pele, pulmão, mama e 
ovário.
Os autores admitem que a utilização de cachorros para detecção
 de câncer é pouco prática e cara. Eles acreditam que essa 
descoberta abre caminho para desenvolver um sensor capaz 
identificar componentes específicos.

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