Goleiro Bruno presta depoimento sobre denúncia de ameaças de morte

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O goleiro Bruno Fernandes, que vai a júri popular pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, presta depoimento na tarde desta terça-feira (20) no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte. De acordo com o delegado Islande Baitsta, o goleiro foi chamado a prestar esclarecimento sobre supostas ameaças de morte feitas a cinco pessoas. A denúncia contra Bruno partiu, segundo o delegado, de um preso da Penintenciária Nelson Hungria, que teria ouvido uma declaração de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, dizendo que ele e Bruno planejavam as mortes dessas pessoas.

Anteriormente, a assessoria da Polícia Civil havia divulgado que a razão do depoimento do goleiro Bruno era para esclarecer supostas ameaças de morte que Bola, estaria sofrendo. Mas, após o depoimento, por volta das 16h45, o delegado Islande Batista retificou a informação, dizendo que a denúncia era sobre a ameaças de morte à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o processo; ao delegado Edson Moreira, chefe do inquérito; ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo; ao ex-advogado do Bruno Ércio Quaresma; e ao advogado José Arteiro, que defende a família de Eliza Samudio. A polícia não divulgou em que situação o denunciante teria ouvido essa declaração do Bola e nem a data em que ela teria acontecido.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o goleiro deixou a Penintenciária Nelson Hungria, às 14h, e seguiu escoltado até a delegacia. A secretaria disse que não tem conhecimento do motivo da convocação para depor.

O advogado Francisco Simim, que se apresentou como defensor do goleiro após a renúncia do advogado Cláudio Dalledone, não atendeu ao telefone.