Caso Paulinho: exame que determinou a morte encefálica do garoto foi feita de forma irrefgular | Foto: Reprodução |
Belo Horizonte - A 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, determinou que cinco médicos que fizeram a cirurgia de retirada dos órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em 2000, vão a júri popular.
O menino, com dez anos na época, caiu de uma altura de dez metros no prédio em que morava. Depois de um diagnóstico de morte encefálica, os órgãos do garoto foram retirados para doação.
No entanto, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso e constatou que o exame que determinou a morte encefálica foi feito de forma irregular. Conforme as investigações, quando foi comprovada a morte, o menino estava sob efeito de substâncias depressivas do sistema nervoso central.
Quatro médicos foram indiciados: José Luiz Gomes da Silva, José Luiz Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca compunham a equipe e são acusados de homicídio qualificado e da retirada irregular de órgãos, tecidos ou partes do corpo humano irregularmente. O médico Álvaro Ianhez é acusado de homicídio qualificado.
A investigação deu origem a outros seis inquéritos paralelos e a Santa Casa perdeu o credenciamento para realizar transplantes de órgãos. O caso foi alvo de investigação no Congresso Nacional, na CPI do tráfico de órgãos.
O júri ainda não foi marcado e ainda cabe recurso para a decisão. A equipe de médicos aguarda o julgamento em liberdade.
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