O funeral aconteceu sob protestos de professores da rede pública e privada, que reclamam da violência desmedida nas instituições de ensino. "As escolas são negligentes e fecham os olhos para todo tipo de violência dentro delas. Todos os dias chegam ao sindicato reclamações de professores que são agredidos, ameaçados, e nada acontece", disse Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Particular de Minas Gerais (Sinpro-MG).
No cortejo, amigos, familiares, estudantes e professores distribuíram um documento que pede o fim da violência nas escolas e a punição aos agressores. "Aclamamos a todos para dizer basta à impunidade. A dizer não à violência. A propagar a cultura da paz. A respeitar a diversidade. A se expressar através do diálogo", diz um trecho do manifesto.
Luy Castro Gomes, irmão de Gomes, disse que a família está desolada com a morte dele: "Nós estamos em pedaços. O Kássio era uma pessoa de diálogo e de paz, nunca foi agressivo com ninguém". Uma das alunas da vítima, a estudante de educação física Catarina Machado, lamentou a morte do professor: "Ele era uma pessoa muito boa, não consigo nem falar o que estou sentindo".
Segundo o delegado Breno Pardini, do Departamento de Investigação de Belo Horizonte, Amilton disse que levava uma faca para a faculdade, dentro de uma mochila, há vários dias. Pardini disse que ele afirmou não ter intenção de matar, "mas de assustar o professor". No depoimento à polícia, o jovem disse que era frequentemente humilhado pelo educador e motivo de chacota na sala de aula, principalmente por causa de uma cicatriz e uma falha em um dente.
Após o crime, colegas de aula afirmaram que o motivo para assassinar o professor seria uma nota baixa tirada em uma prova, o que divergiu da informação apresentada por Amilton no depoimento.
Protesto pela paz
O Sinpro-MG aproveitou o velório e o enterro de Kassio Vinícius Castro Gomes para convocar estudantes e professores para um protesto contra a violência na Praça 7, centro de Belo Horizonte, às 17h.
Em passeata, os manifestantes seguirão até o Instituto Izabela Hendrix, no bairro de Lourdes,
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