quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sakineh é libertada, diz ONG

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A iraniana Sakineh Mohamadi Ashtiani, condenada à morte por adultério e cumplicidade na morte do marido, foi libertada, informa o Comitê Internacional Contra o Apedrejamento. A informação, do jornal espanhol El País, não foi confirmada pelo governo do Irã.

Segundo o jornal, o filho da iraniana, Sajjad Ghaderzadeh, e seu advogado, Javid Houtan Kian, presos por fazer campanha contra a prisão de Sakineh, também foram libertados. A confirmação da libertação será anunciada pela televisão estatal iraniana em breve, de acordo com o El País.
Ainda de acordo com o jornal, dois jornalistas presos por envovimento com o caso também foram soltos. Fontes iranianas afirmaram que a libertação foi realizada mediante pagamento de fiança, embora a quantia não tenha sido informada.
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério. Ela foi condenada a 99 chibatadas. Depois, esta pena foi convertida em morte por apedrejamento.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
A sentença de apedrejamento foi suspensa, mas ainda pode ser retomada pela Justiça. Um tribunal de apelações acrescentou ao caso a acusação de conspiração para o assassinato do marido, da qual ela continua condenada a morte por enforcamento.

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