terça-feira, 26 de abril de 2011

Itália e França: imigrante deve ter circulação restrita

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Os líderes de França e Itália pediram, ontem, uma reforma do Tratado de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre a maioria dos países da União Europeia (UE). 

O premiê Silvio Berlusconi e o presidente Nicolas Sarkozy se encontraram na Itália para debater a recente onda migratória do Norte da África rumo à Europa, em meio à onda de revoltas populares contra o governo nos países norte-africanos, como Tunísia, Líbia, Argélia e Marrocos. 

A Itália desagradou os franceses ao dar vistos a milhares de imigrantes, permitindo que eles se dirijam a outros países europeus graças ao Tratado de Schengen. O destino final de muitos desses imigrantes - em especial dos tunisianos - é a França, onde têm parentes. Só a Itália já recebeu 25 mil imigrantes em 2011. 

Tanto Sarkozy como Berlusconi sofrem pressão para restringir a imigração em meio à crise europeia e ao aumento do desemprego nos dois países. Eles afirmaram que não pretendem pôr fim ao tratado, mas querem que ele seja revisto em "circunstâncias especiais", como esta das revoltas populares. "Para o tratado sobreviver, ele precisa ser revisado", disse Sarkozy. 

Criado em 1985 e colocado em prática uma década depois, o Tratado de Schengen permite que residentes legais da maioria dos países da UE viajem com mínimas checagens nas fronteiras.




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