Ganhamos um presente antecipado de aniversário E os homossexuais têm que comemorar mesmo – festejou Júlio. – Será um pacote de eventos: dia 17, no Dia Mundial de Combate à Homofobia, esperamos fazer uma caminhada na orla de Copacabana. Dia 22, o Arco-Íris fará festa na Boate 1140, em Jacarepaguá, e dia 24, haverá outra no Bar Sinônimo, na Lapa.
Sobre a vitória no STF, Júlio Moreira lembrou que há 15 anos os homossexuais lutavam para conquistar esses direitos no Congresso.
Presidente do Conselho Estadual LGBT e coordenador do programa Rio Sem Homofobia da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado, Cláudio Nascimento sintetizou a vitória no STF.
Entre os direitos conquistados pelos gays estão a comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão do INSS, planos de saúde e herança.
Carlos Tufvesson, estilista e assessor de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, destacou o pioneirismo do Rio no assunto.
– É uma decisão histórica na luta pelos direitos civis e humanos no Brasil. E o Rio é vanguarda porque a decisão do Supremo foi tomada a partir de uma representação do governador Sérgio Cabral.
CNBB não reconhece vitória
No entanto, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano elegerá uma nova diretoria, não reconhece a decisão do STF a favor da união estável dos gays.
– A Igreja sempre defende e defenderá o direito das pessoas porque é contra a exclusão. No entanto, a família é uma entidade que vem do direito natural.
– A Igreja vai continuar defendendo os direitos da família e a nossa fé. Isso também é liberdade. Uma coisa é a união civil, outra é o casamento, que é um sacramento da Igreja.
Já o arcebispo de Maringá (PR), o gaúcho dom Anuar Battisti, ressaltou que chamar de casamento a união entre homossexuais representa uma “agressão frontal” à família.
– As pessoas estão institucionalizando a destruição da família – disse ele, durante a Conferência que acontece em Aparecida, no Vale do Paraíba.
Sobre a adoção de crianças por pais do mesmo sexo, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte, foi taxativo.
– A adoção é um serviço da mais alta nobreza. Só não aceitamos fazer a equiparação com a família. Não é família. É uma comunidade de pessoas – comparou o bispo.
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