quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Bancários fecham 3.864 agências em todo o país

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 Nesta quarta-feira (29) a greve nacional dos bancários foi responsável, no primeiro dia da paralisação, pelo fechamento de 3.864 agências em todas as capitais do país e inúmeras cidades do interior.
O balanço parcial foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro      (Contraf-CUT) a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h de hoje (29). Este índice de paralisação é superior ao alcançado no primeiro dia da greve do ano passado, quando os bancários fecharam 3.585 agências.
“Essa grande participação na greve mostra a indignação dos trabalhadores com os bancos. Apesar de apresentarem crescimento médio de 32% no lucro líquido do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, os bancos só ofereceram o índice de inflação de 4,29%, ou seja, zero de aumento real, além de terem rejeitado todas as demais reivindicações sobre remuneração, saúde e emprego", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. E completa: "Essa intransigência dos banqueiros empurra a categoria para ampliar a greve”.
A greve, por tempo indeterminado, atinge todos os 26 Estados e o Distrito Federal e todos os bancos, públicos e privados. “Como nos anos anteriores, a tendência é o índice de paralisação aumentar a partir do segundo dia, uma vez que os bancos até agora não acenaram com a retomada das negociações para apresentar uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores”, acrescenta Carlos Cordeiro.
Os bancários reivindicam reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.

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