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Professores, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) participaram da primeira reunião do grupo de trabalho para o enfrentamento ao crack e outras drogas, na Secretaria de Estado do Paraná da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em Curitiba. De acordo com o secretário Nildo José Lübke, a idéia é estabelecer um trabalho conjunto nas instituições, pois há a necessidade de um programa específico que auxilie os usuários, familiares e amigos. “O governador Orlando Pessuti pediu empenho nesse projeto, oferecendo condições para seu desenvolvimento, e farei o melhor possível para que tenhamos êxito”, informou.
Durante o encontro, o enfermeiro da Universidade Estadual de Londrina (UEL), David Roberto do Carmo, fez uma apresentação sobre os riscos e motivos que levam uma pessoa a tornar-se dependente, entre os quais, fatores psicossociais e financeiros. Além disso, pessoas sem informação adequada sobre os efeitos causados pelas drogas, pessoas com saúde deficiente e com personalidade vulnerável apresentam, segundo ele, maior risco de dependência.
Um outro ponto discutido diz respeito à natureza da questão. De acordo com os profissionais, o envolvimento com drogas é, inicialmente, familiar e educacional e, na seqüência, passa a ser de saúde pública. Para a advogada Lisis Pissaia, que integra a Assessoria Jurídica da Secretaria, é preciso trabalhar com a prevenção, “e para isso, investimentos nesses três aspectos são fundamentais”, afirmou.
Ainda segundo a advogada, a conscientização familiar precisa ser fortalecida, já que muitas vezes pais e responsáveis transferem o problema para a escola. “Por isso, a necessidade de que cursos de Direito, Pedagogia e Licenciaturas abram espaço para disciplinas que tratem o tema e desenvolvam discussões que preparem professores para lidar com a questão”, explicou.
Para finalizar, o secretário Lübke destacou a necessidade de que os reitores envolvam os cursos de Medicina, Enfermagem, Psicologia e os Hospitais Universitários. “Esse grupo é responsável por colocar em prática essas idéias e proporcionar a reconstrução da vida desses usuários num esforço coletivo”, disse.
Os representantes das universidades e faculdades estaduais do Paraná relataram, na reunião, ter conhecimento de que o uso de drogas entre os universitários é algo crescente. Algumas já desenvolvem projetos que enfocam a importância dos “fatores de proteção”, que são habilidades sociais, habilidades para solucionar problemas, vínculos positivos com pessoas ou instituições, entre outros.
O próximo encontro acontece na Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava, onde o grupo dará seqüência à construção de diretrizes na área de ensino, pesquisa e extensão com o intuito de colocar em prática as ações previstas.
Fonte: Agência de Notícias Estado do Paraná
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Equipe A.R.C.A.
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