sábado, 2 de outubro de 2010

Greve dos bancários aumenta mobilização e fecha 6.215 agências em todo o país

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No terceiro dia da greve nacional, os bancários conseguiram fechar 6.215 das 19,8 mil agências de todo o país, de acordo com balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Houve, portanto, um aumento significativo do movimento em relação à véspera, quando 4.895 agências não abriram as portas.

A tendência, de acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, é que a mobilização cresça ainda mais na próxima semana. Segundo ele, o movimento iniciado nas grandes cidades, na última quarta-feira (29), já se propaga também por cidades de porte médio.

— O fortalecimento da greve é uma sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos — disse o sindicalista Coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Cordeiro disse que os trabalhadores "estão revoltados com o desrespeito" da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, diante da reivindicação de reajuste de 11%, ofereceram apenas os 4,29% da inflação dos últimos 12 meses, sem nenhuma sinalização sobre outros benefícios.

De acordo com o dirigente da Contraf, os bancos tiveram crescimento médio de 32% nos lucros, no primeiro semestre deste ano. A categoria, para ele, não aceita a posição dos bancos num momento em que a economia nacional cresce em 'ritmo chinês' e que outras categorias têm conquistado aumentos reais de salários. Sem nova proposta, disse ele, a greve só tende a crescer.

O Comando Nacional dos Bancários voltará a se reunir na segunda-feira, em São Paulo, para definir meios de intensificar a mobilização. Simultaneamente, os bancários farão passeata em Brasília

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