quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Segundo pesquisas desenvolvidas pela Universidade Estadual Paulista
(Unesp), os casos de alcoolismo entre as adolescentes, principalmente
universitárias, estão ficando tão numerosos quanto entre os garotos. A
mudança no comportamento feminino é a principal causa da novidade na
média do consumo de álcool - dois rapazes para uma garota. Nos anos
80, essa relação era de cinco garotos para cada menina. Segundo
Florence Kerr Côrrea, professora da disciplina de psiquiatria do
campus de Botucatu e pesquisadora, o grupo das universitárias está
adotando os hábitos masculinos, como bebedeiras em bares e festas. “A
independência que as mulheres conquistaram veio junto com mudanças de
atitude. No caso das universitárias, o ambiente na faculdade é
favorável ao consumo de álcool. É preciso beber com moderação e evitar sair ao volante em estado de embriaguez. Além disso, optar por
bebidas mais fracas, como cerveja, ao invés de uísque, ajuda a
prevenir acidentes tanto de trânsito quanto a evitar problemas
futuros”.
A estudante do 3º ano de editoração Naiara Raggiotti acredita que as
garotas estão bebendo mais por causa de liberação de comportamento.
“Antes, uma garota que se sentava em um bar para beber, dependendo da
cidade, poderia ficar mal falada, porque pegava mal. Como isso não
existe mais, as meninas passaram a sair para bares tanto com homens
como sozinhas. Na faculdade, isso é comum e freqüente. O pessoal
costuma sair para beber, e quando tem uma festa, a bebedeira é geral.
Não existe mais essa de que bebida é só para homem”, acredita.
As drogas legais, como cigarro e álcool, são freqüentes na vida dos
acadêmicos. No total, 74,4% dos estudantes admitiram consumir bebidas
alcóolicas, sendo que 30% vão a bares mais de uma vez por semana.
As entidades voluntárias desempenham papel importante na recuperação
de dependentes químicos. Em Rio Preto, a Associação de Reabilitação e
Prevenção do Alcoolismo Santo Antônio desenvolve um trabalho de
prevenção por meio de palestras em escolas, além da distribuição de
folhetos educativos. Segundo Francisco Pereira Neto, presidente da
entidade, o alcoolismo é considerada uma doença e deve ser tratada.
“Na associação, o número de jovens é inexpressivo, porque as
conseqüências da bebida irão aparecer somente na vida adulta. A
maioria dos adolescentes geralmente vem para a entidade porque cometeu
algum tipo de delito, e não por vontade própria.” Ex-alcoólatra há 10
anos, Francisco usa a sua experiência para alertar os jovens dos
riscos e prejuízos que o vício causa na vida das pessoas. “Sempre
repito nas palestras que na minha fase de dependência crônica cheguei
a levantar às 5 horas para tomar pinga. No almoço, já estava bêbado.”
Equipe A.R.C.A.
Capacitação, Prevenção, Palestras,  Tratamento
e Acompanhamento Terapeutico em Dependência Química - 12 passos
Tadeu Assis - Coordenador
Tel.: (22) 2643.9399 (22) 9914-3450

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