A sonda espacial Cassini detectou uma atmosfera muito tênue, conhecida como exosfera, na lua Reia, de Saturno.
A atmosfera contém oxigênio e dióxido de carbono.
A lua Reia tem 1.528 km de diâmetro. A imagem foi captada a uma distância de aproximadamente 30.000 km.
Oxigênio em outros mundos
Esta é a primeira vez que uma sonda espacial registra diretamente uma atmosfera contendo moléculas de oxigênio em um mundo além da Terra.
Medições de oxigênio em outros corpos celestes, feitas anteriormente, haviam sido baseadas em imagens de telescópios, como o Hubble.
A descoberta ainda não é capaz de colocar Reia como um alvo mais interessante do que outras luas de Saturno, como Encélado, onde já foram detectados ingredientes da vida, ou Titã, onde cientistas acreditam que pode haver alguma espécie de vida.
Isto porque a "atmosfera de oxigênio" é muito tênue - as medições indicam uma concentração de oxigênio 5 trilhões de vezes menor do que o oxigênio presente na atmosfera da Terra.
Além disso, o oxigênio gerado na Lua parece ser constantemente perdido para o espaço.
Oxigênio extraterrestre
O oxigênio em Reia parece surgir quando o campo magnético de Saturno gira sobre a lua.
Partículas energéticas presas no campo magnético do planeta salpicam a superfície da lua, que é coberta por gelo de água, causando reações químicas que decompõem a superfície e liberam oxigênio.
A fonte de dióxido de carbono ainda é uma incógnita.
"Os novos resultados sugerem que a química ativa e complexa envolvendo o oxigênio pode ser bastante comum em todo o Sistema Solar e até mesmo no universo," disse Ben Teolis, da equipe da sonda Cassini. "Essa química pode ser um pré-requisito para a vida. Todas as evidências coletadas pela Cassini indicam que Reia é muito fria e desprovida da água em estado líquido necessária para a vida como a conhecemos."
Outros cientistas, contudo, já especulam sobre formas exóticas de vida no espaço, diferentes da vida que conhecemos.
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