Partículas de chumbo são aceleradas a 99,9% da velocidade da luz para recriar os instantes que se seguiram ao surgimento do universo, há 13,7 bilhões de anos
O grande acelerador de partículas (LHC) do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), o mais potente do mundo, provocou as primeiras colisões de íons de chumbo nesta segunda-feira. É o primeiro passo para recriar um estado da matéria presente apenas nos momentos iniciais do surgimento do universo, há 13,7 bilhões de anos, um milionésimo de segundo após o Big Bang.
Os cientistas do CERN querem colidir íons de chumbo a 99,9% da velocidade da luz. A explosão resultante dessas pequenas partículas duraria cerca de um trilionésimo de um trilionésimo de segundo, e as temperaturas chegariam a mais de 10 trilhões de graus centígrados, um milhão de vezes mais quente que o centro do Sol. Essa condição, acreditam os cientistas, seria capaz de derreter o núcleo dos átomos.
De acordo com os pesquisadores do CERN, nos momentos iniciais do Big Bang existiu um estado especial da matéria, chamado de plasma 'quark-glúon', diferente da que constitui o universo hoje. Nesse estado, os núcleos dos átomos se derreteriam, liberando suas partículas formadoras, os quarks e os glúons.
De acordo com os pesquisadores do CERN, nos momentos iniciais do Big Bang existiu um estado especial da matéria, chamado de plasma 'quark-glúon', diferente da que constitui o universo hoje. Nesse estado, os núcleos dos átomos se derreteriam, liberando suas partículas formadoras, os quarks e os glúons.
Se os pesquisadores conseguirem recriar esse estado da matéria, será possível encontrar pistas importantes sobre o tipo de matéria que forma o universo. De acordo com o centro europeu, um dos principais objetivos desta nova fase é produzir quantidades ínfimas desta matéria e estudar sua evolução para aquela que constitui o universo atualmente.
Os testes de hoje concluem a conversão do LHC para um colisor de íons. Até agora, o acelerador havia realizado apenas colisões de prótons. O íon é um átomo cujo número de elétrons (carga negativa) não é igual ao número de prótons (carga positiva). No caso dos íons do LHC, os cientistas removeram os elétrons dos átomos de chumbo deixando-os apenas com os 82 prótons que formam o núcleo. O LHC irá acelerar e colidir íons de chumbo até o dia 6 de dezembro, momento em que a máquina fará uma parada técnica para sua manutenção, antes de retomar as atividades em fevereiro de 2011.
Os testes de hoje concluem a conversão do LHC para um colisor de íons. Até agora, o acelerador havia realizado apenas colisões de prótons. O íon é um átomo cujo número de elétrons (carga negativa) não é igual ao número de prótons (carga positiva). No caso dos íons do LHC, os cientistas removeram os elétrons dos átomos de chumbo deixando-os apenas com os 82 prótons que formam o núcleo. O LHC irá acelerar e colidir íons de chumbo até o dia 6 de dezembro, momento em que a máquina fará uma parada técnica para sua manutenção, antes de retomar as atividades em fevereiro de 2011.
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