"Catherine Ashton está profundamente preocupada" com as notícias que apontam que a execução de Sakineh "é iminente", disse Maja Kocijancic. "A senhora Sakineh corre o risco de execução por apedrejamento por adultério, um método particularmente cruel de execução que equivale a uma tortura inaceitável", disse a porta-voz.
A porta-voz lembrou que a União Europeia se uniu a muitos países e organizações que condenam a sentença de Sakineh como uma "clara violação das obrigações internacionais do Irã" sob a Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos. Segundo ela, enquanto as autoridades iranianas davam garantias de que Sakineh não seria apedrejada, a acusada também enfrentou acusações de cumplicidade no assassinato do marido e poderia ser enforcada. "Nenhuma das sentenças é aceitável", disse.
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério. Primeiramente a pena foi de 99 chibatadas, depois convertida em morte por apedrejamento. Posteriormente o apedrejamento foi suspenso continua sendo avaliado pela Justiça, mas a pena de morte segue vigente e deve ser cumprida com o enforcamento.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerã. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido.
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